Gestão de riscos climáticos ods 13

Como a gestão de riscos climáticos pode fortalecer sua empresa e proteger o futuro

Sumário

Gestão de riscos climáticos não é apenas proteção, é a estratégia que assegura a longevidade e competitividade da sua empresa.

Risco climático: duas palavras que vêm ocupando significativamente a agenda dos grandes líderes do nosso tempo. Na constelação de desafios contemporâneos, o risco climático se apresenta como uma estrela de maior grandeza. Diante disso, a preocupação se acentua em nível doméstico e internacional, frente às incertezas, riscos e impactos que as mudanças no clima podem inaugurar para toda a sociedade e, em especial, para as empresas.

Não obstante as incertezas, estudos científicos apontam os reflexos deletérios dos riscos climáticos na infraestrutura, na economia, na saúde e até mesmo na estabilidade social.

No Brasil e no mundo, os desafios são evidentes e geram preocupações. Enchentes em grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, se tornaram mais frequentes, enquanto regiões como o Nordeste enfrentam secas severas, afetando a agricultura e o abastecimento de água. Em nível global, os impactos dos riscos climáticos são perceptíveis e colocam os Estados em situação de alerta diante das milhões de pessoas, conhecidas como refugiados do clima, forçadas a deixar suas casas devido a condições insustentáveis, como secas, enchentes e tempestades violentas.

Assim como para os Estados a situação demanda uma gestão de excelência e políticas públicas adequadas, para as empresas, entender e gerenciar os riscos climáticos não é apenas uma questão de responsabilidade social, mas também de sobrevivência e sucesso a longo prazo. Pensar estratégias, definir planos de ação e enfrentar, com efetividade, os desafios dos riscos climáticos envolve tomadas de decisão assertivas e boas práticas de governança – orientadas pela eficiência e responsabilidade. A boa governança, neste caso, se manifesta, a priori, a partir do reconhecimento de que o problema existe e que precisa ser enfrentado, visando a continuidade da organização.

Isto porque as empresas que ignoram os riscos, as evidências e atrasam seus processos de conformidade, correm o perigo de enfrentar interrupções em suas operações, perda de investimentos e danos à reputação. Além disso, com o aumento das regulamentações ambientais e as expectativas dos consumidores por práticas sustentáveis, a gestão dos riscos climáticos se torna uma necessidade empresarial estratégica e urgente.

Gestão de riscos climáticos e a integração com ESG nas estratégias empresariais

    Muitas estratégias podem ser implementadas pelas empresas. Uma delas é o processo de integração da gestão de riscos climáticos dentro das práticas de ESG (environmental, social, and governance). Fala-se em estratégia, mas a verdade é que práticas ESG mais do que um planejamento estratégico, passou a ser um compromisso a ser assumido por uma empresa. Tornou-se um padrão essencial para a operação moderna, refletindo o compromisso de uma empresa com práticas responsáveis e sustentáveis.

    Nesse sentido alinhar as atividades empresariais, de maneira responsável frente ao meio ambiente, sociedade e no âmbito da governança passou a ser fundamental. Essas práticas, além de beneficiar stakeholders e, em última instância, criar valor para acionistas, diz sobre o posicionamento da empresa no que tange a sua responsabilidade.

    Em seu discurso, no Fórum Econômico Mundial de 2020, Mark Carney defendeu que a integração de critérios ambientais, sociais e de governança nas decisões de investimento e mercado não é mais uma questão de preferência, mas uma questão de necessidade. Daí a relevância das empresas buscarem a integração com ESG em suas políticas e culturas organizacionais.

    Conhecer e buscar atender às normatizações, também pode contribuir para o avanço e implementação prática no cotidiano empresarial. Normas internacionais, como a ISO 14001, por exemplo, oferecem diretrizes para sistemas de gestão ambiental, ajudando as empresas a identificar e mitigar riscos ambientais. A diretiva CS3D (Corporate Sustainability Due Diligence Directive) e a Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) no Brasil, estabelecem bases regulatórias importantes e exigem que as empresas adotem medidas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. A conformidade com essas normas não só evita penalidades legais, mas também promove uma operação mais resiliente e sustentável.

    Tipos de riscos climáticos e seus impactos

      Muitos são os tipos de riscos climáticos a que as organizações estão sujeitas, por isso, reconhecer algumas possibilidades pode ser útil para pensar soluções de maneira preventiva, isto é, antes que o problema esteja efetivamente instaurado.

      Trabalhar de maneira preventiva diante dos riscos é uma estratégia inteligente e vantajosa para as empresas por várias razões dentre as quais destacam-se: a redução de custos de operação, o fortalecimento da resiliência empresarial, o cumprimento das normas e regulamentações, a melhoria da imagem e reputação. Deste modo, reconhecer eventuais riscos climáticos e seus impactos contribui para uma tomada de decisão preventiva e estratégica. Veja, a seguir, alguns tipos de riscos climáticos e possíveis impactos operacionais.

      1. Riscos físicos: Eventos climáticos extremos, como tempestades e inundações, podem danificar infraestruturas e interromper operações. Além de custos imediatos, esses eventos podem resultar em perdas prolongadas e impactos na cadeia de suprimentos.
      1. Riscos transicionais: A transição para uma economia de baixo carbono traz desafios próprios, incluindo a necessidade de novas tecnologias e a conformidade com regulamentações mais rigorosas. Empresas que falham em se adaptar podem enfrentar desvantagens competitivas e pressão regulatória no futuro.
      2. Riscos de responsabilidade: As empresas também enfrentam riscos legais associados a danos ambientais e a não observância das normativas. Litígios e penalidades por não conformidade com regulamentações ambientais podem ter um impacto financeiro significativo e prejudicar a reputação corporativa.

      Identificar e agir de maneira estratégica pode significar a sobrevivência e continuidade da organização. Por isso, a gestão preventiva de riscos oferece uma abordagem que protege e fortalece a empresa a longo prazo, promovendo a estabilidade financeira, a conformidade regulatória e a competitividade no mercado. Essa proatividade é fundamental para garantir uma operação sustentável e bem-sucedida em um ambiente de negócios dinâmico e muitas vezes incerto.

      Gestão de riscos climáticos e equipe suporte

      Além do reconhecimento dos tipos de riscos e seus impactos, a gestão eficaz de riscos climáticos requer a implementação de ferramentas e metodologias robustas. Para isso, a empresa precisa estar preparada e muito bem assistida para a instrumentalização prática dessas ferramentas.

      rocha cerqueira

      Uma equipe preparada é capaz de apoiar com a identificação e real avaliação, garantindo a análise dos cenários e dos potenciais riscos climáticos envolvidos.

      Além disso, profissionais qualificados e comprometidos podem propor, por meio de instrumentos técnicos, adaptações de modo a mitigar impactos e aumentar a resiliência empresarial frente às mudanças climáticas. Uma ferramenta muito importante e disponível às empresas que desejam trabalhar com a gestão de riscos climáticos é a Plataforma Qualifica NG.

      A gestão de requisitos legais como fio condutor e o papel do Qualifica NG

      A conformidade legal é um componente central da gestão de riscos climáticos. Significa dizer, portanto, que seguir as leis e regulamentações ambientais é fundamental para gerenciar os riscos associados às mudanças climáticas.

      Uma forma de atender às leis e regulamentações é manter uma base de dados atualizada sobre requisitos legais e utilizar sistemas de gestão, como o Qualifica NG, para monitorar a conformidade com as normas ambientais e de segurança.

      O Qualifica NG é um sistema integrado para o gerenciamento dos requisitos legais, alinhando os indicadores de conformidade legal aos critérios ESG (Ambiental, Social e de Governança) e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) de maneira prática e segura. Ele proporciona uma visão estratégica e operacional completa para as empresas, facilitando a gestão das exigências legais e a integração com as práticas de sustentabilidade.

      Ademais, ele facilita o monitoramento contínuo de indicadores de sustentabilidade e ajuda as empresas a manterem-se em conformidade com as normas ambientais, fortalecendo sua estratégia de ESG.

      O Qualifica NG, além de permitir uma abordagem integrada, alinhando a gestão de riscos climáticos com a conformidade legal e as práticas de sustentabilidade, promove a otimização da performance empresarial e contribui para reduzir os custos financeiros e operacionais associados à gestão de requisitos legais, tornando o processo mais ágil e menos burocrático.

      Em resumo, o Qualifica NG é uma ferramenta essencial para a conformidade legal e a gestão de riscos climáticos, oferecendo uma solução completa para integrar requisitos legais, práticas ESG e ODSs, e otimizar a gestão empresarial. Quer conhecê-la em ação? Saiba mais aqui e agende uma conversa com os consultores Qualifica NG.

      Conclusão

      A gestão de riscos climáticos, quando bem desenvolvida no mundo corporativo, não apenas protege as empresas contra os impactos adversos das mudanças climáticas, mas também fortalece sua posição no mercado e garante sua sustentabilidade a longo prazo.

      Integrar práticas de gestão de riscos climáticos às estratégias de ESG, a partir dos usos de ferramentas técnicas e de uma equipe suporte qualificada, representa mais do que uma adaptação às exigências do mercado; é um compromisso com a criação de valor sustentável para todas as partes interessadas.

      Além disso, a capacidade de adaptar-se rapidamente a novas regulamentações e expectativas dos consumidores parece ser o melhor caminho para evitar interrupções operacionais e danos à reputação. Conhecer e implementar ferramentas como o Qualifica NG facilitam essa adaptação. Isto porque, ferramentas como essa alargam a visão estratégica e operacional e, consequentemente, geram impactos positivos em termos de conformidade e de gestão integrada dos riscos.

      Em última análise, enfrentar os desafios climáticos e integrar estratégias ESG não é apenas uma questão de sobrevivência, mas uma oportunidade para contribuir para com a transformação social. Empresas que adotam essas práticas com seriedade estarão melhor posicionadas para prosperar no futuro, contribuindo para um planeta mais sustentável e para um ambiente de negócios mais duradouro e competitivo.

      Bárbara Helen Abreu Valadares
      Bárbara Helen Abreu Valadares

      Bárbara é Advogada Associada na Rocha Cerqueira, onde aplica sua experiência de mais de uma década nas áreas jurídica e educacional. Doutoranda em Educação e Mestre em Direito pela PUC Minas, ela é especialista em Mediação de Conflitos, Direito Societário e Direitos Humanos. Professora Universitária e com uma carreira marcada pelo compromisso com a justiça social, Bárbara também preside a Comissão OAB Mulher da 197ª Subseção da OAB/MG e conduz pesquisas em ESG, com foco em diversidade e inclusão.

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